Mercado Sucessivos Aumentos na Conta de Energia Elétrica: Entenda os Motivos e o Que o Consumidor Pode Fazer Para Economizar

Sucessivos Aumentos na Conta de Energia Elétrica: Entenda os Motivos e o Que o Consumidor Pode Fazer Para Economizar

Sucessivos Aumentos na Conta de Energia Elétrica: Entenda os Motivos e o Que o Consumidor Pode Fazer Para Economizar


O mês de setembro iniciou com o consumidor brasileiro pagando mais caro pela energia elétrica, já que a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel instituiu o novo patamar de bandeira tarifária de escassez hídrica, cobrança extra que passou de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 kwh consumidos que valerá entre setembro de 2021 a abril de 2022.


As bandeiras tarifárias, adotadas desde 2015 pela Aneel, são classificadas pelas cores verde, amarela e vermelha e indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade, possibilitando que o consumidor reduza o consumo quando as termelétricas são acionadas.


A Aneel prevê que a cobrança da taxa extra na conta de energia terá um impacto final em torno de 6,78%. Apenas os consumidores de Roraima, estado que não faz parte do Sistema Interligado Nacional - SIN e aqueles que usufruem da tarifa social não serão afetados por esse aumento.

Somando aos aumentos recentes dos preços dos combustíveis, do gás de cozinha e dos alimentos o aumento do preço de energia elétrica causa uma enorme pressão no já comprometido orçamento das famílias brasileiras. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE os gastos com habitação das famílias brasileiras gira em torno de 40% do orçamento mensal familiar, sendo que a fatia desse percentual destinada ao pagamento da conta de energia elétrica é a segunda maior só ficando atrás das despesas com aluguel.

De acordo com André Braz, economista e coordenador do Índice de Preços do Consumidor - IPC da Fundação Getúlio Vargas – FGV, os combustíveis e a energia elétrica serão os maiores responsáveis pela alta da inflação em 2021. Somente a energia elétrica comprometerá cerca de 4,6% do orçamento familiar e nas famílias de baixa renda o comprometimento pode chegar entre 6,5% a 7%.


Cuidados Básicos na Utilização de Eletrodomésticos Para Ajudar Reduzir o Consumo de Energia Dentro de Casa


Há diversos fatores que contribuem para o aumento na conta de luz, como fatores climáticos, composição das tarifas (impostos e encargos), reajustes do preço cobrado pelas distribuidoras de energia, escassez de oferta de energia, valores repassados para os consumidores como o pagamento de indenizações às transmissoras de energia, a instituição das bandeiras de luz, a localização da residência, entre outros. 

Diante disso resta para o consumidor tentar reduzir o consumo de energia residencial para não extrapolar o orçamento doméstico no final do mês. Torna-se imprescindível redobrar a atenção aos aparelhos que consomem mais energia, desde a hora da escolha do modelo que vai comprar até os cuidados na utilização dentro de casa. 

Confira alguns cuidados na utilização de eletrodomésticos que podem ajudar a reduzir os gastos com energia elétrica dentro de casa.


  1. -Geladeira (responsável em média por 35% da energia consumida) – posicionar em local ventilado, ajustar o termostato de acordo com a estação do ano, observar regulamente a vedação e se tudo está funcionando normalmente, manter sempre limpa, evitar deixar a porta aberta ou abrir e fechar várias vezes seguidas e não colocar alimentos muito quente porque faz o motor trabalhar mais;

  2. -Chuveiro elétrico (responsável em média por 25% da energia consumida) – evitar tomar banhos longos, muito quentes e no horário de pico, entre 18h e 21h, fechar o chuveiro ao se ensaboar e usar o chuveiro na posição “verão”; 

  3. -Ar-condicionado – instalar aparelhos com potência ideal para o tamanho do espaço e em pontos altos do cômodo, manter o aparelho limpo e ligado em 23º e manter portas e janelas fechadas;

  4. -Ferro elétrico – acumule uma boa quantidade de roupas para passar tudo de uma vez;

  5. -Máquina de lavar roupas – utilizar sempre nos níveis máximos de quantidade de roupas e em maiores intervalos, não exagerar na quantidade de sabão para evitar necessidade de reenxague e limpar com frequência o filtro da máquina;

  6. -Aparelhos em modo de espera: televisão, rádio, computador, forno de micro-ondas, consoles de videogames e outros (responsáveis em média por 13% da energia consumida); – desconecte esses aparelhos da tomada quando não estiverem em uso, porque mesmo aparentemente desligados eles continuam consumindo energia e dependendo da quantidade de aparelhos, essa ação vai ajudar reduzir os gastos de energia; 

  7. -Carregadores de celular e de notebook – não deixe o carregador conectado na tomada sem o aparelho, pois mesmo desconectado do aparelho continua consumindo energia;

Além dos cuidados citados com os eletrodomésticos vale a pena reforçar outras formas básicas para garantir uma economia considerável todo final de mês no consumo de energia, tais como: comprar aparelhos que tenham o selo Procel (Programa Nacional de Energia Elétrica) ou do Inmetro que indicam os eletrodomésticos mais econômicos de cada categoria, utilizar ao máximo a iluminação natural, optar pelo uso de lâmpadas que demandam menor consumo, retirar os aparelhos eletrônicos da tomada quando não tiver em uso, entre outras.

São recomendações aparentemente simples, mas que no final das contas o consumidor vai constatar que algumas atitudes em relação ao consumo de energia por mais simples que pareçam faz toda a diferença na hora de pagar a conta de energia elétrica.