Dicas Reajuste do Preço dos Medicamentos: Entenda os Critérios e Veja como Economizar.

Reajuste do Preço dos Medicamentos: Entenda os Critérios e Veja como Economizar

Reajuste do Preço dos Medicamentos: Entenda os Critérios e Veja como Economizar


Estamos vivendo um período de inflação forte e resistente no Brasil atualmente, sendo a terceira maior no grupo dos países mais ricos do mundo. Depois de a economia mundial passar por um período difícil em que a demanda por produtos e serviços diminuiu drasticamente, o mundo começou a se recuperar e os padrões de consumo voltaram, favorecendo as commodities e os preços de produtos e serviços não param de subir. 

Desta vez a população brasileira está enfrentando mais um aumento de preços dos remédios. No dia 1.º de abril foi publicado no Diário Oficial da União o aval do governo federal para um reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos. 

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – CMED, órgão vinculado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA é quem controla os preços dos medicamentos periodicamente estabelecendo o aumento máximo que esses produtos podem atingir no mercado brasileiro.

Pela legislação em vigor, os critérios de composição de fatores para o reajuste anual dos preços dos medicamentos determinados pela CMED são baseados na inflação acumulada em 12 meses até fevereiro e no Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, além de fatores como produtividade, competitividade e aumento de custos específicos da indústria farmacêutica, como matéria-prima, câmbio e energia. 

Os dados da indústria mostram que, no acumulado de 2012 a 2021, a inflação geral chegou a 78,91% ante uma variação de preços dos medicamentos de 55,79%.  

De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos - Sindusfarma, este aumento dos preços, que é o segundo maior em dez anos, ficando acima da inflação do ano de 2021, cujo IPCA ficou em 10,06%, deve atingir em torno de 13 mil apresentações de remédios disponíveis no varejo brasileiro.

O Sindusfarma diz que entre os fatores que contribuem para o aumento do custo da produção de remédios está a alta do dólar que disparou nos últimos dois anos e os gastos com fretes, que subiram em média 10%.

Tendo em vista que esse é o percentual máximo para aplicar o reajuste, cabe às empresas farmacêuticas definirem os novos preços. Como há a questão das farmácias ainda terem, alguns remédios em estoque e a concorrência entre as empresa possa ser que o reajuste não seja automático e nem imediato. 

O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini orienta que “é importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”. Ele explica também que “dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, os aumentos dos preços podem demorar meses ou não acontecer”, uma vez que “os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira”. 

Dicas para Economizar na Hora de Comprar Medicamentos

Não resta dúvida de que diante desse novo aumento no preço dos medicamentos a saída é pesquisar bastante para encontrar o melhor preço e lançar mão de algumas estratégias para economizar na compra de remédios. Pensando nisso a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Proteste e o Sindusfarma prepararam algumas dicas que podem ajudar o consumidor a economizar na compra de seus medicamentos.

* Recorrer ao Programa Farmácia Popular – confira se o remédio que o médico receitou está incluso neste programa que funciona em parceria com as redes privadas de farmácias e que vendem remédios com até 90% de desconto ou distribuem gratuitamente para pacientes com hipertensão, diabetes, asma, entre outros. Os locais costumam estar sinalizados com o selo do programa;

* Pesquisar bem os preços – faça uma boa consulta de preços do remédio que está precisando em diferentes redes de farmácia e drogarias que é possível encontrar um estabelecimento que uma possa cobrir o preço do outro. Uma boa opção para fazer a pesquisa é usar os comparadores online de preços de remédios;

* Entrar para o programa de fidelidade - de acordo com a Proteste, os descontos do programa de fidelidade dos laboratórios podem chegar a 70%;

* Dar preferência aos medicamentos genéricos ante os de marca – solicite ao seu médico que receite o medicamento pelo princípio ativo, para que seja possível escolher o genérico que é sempre mais em conta. Não se esquecendo de comparar o mesmo genérico de diferentes laboratórios;

* Confira se há descontos para profissão ou por plano de saúde – há farmácias e drogarias que dão um bom desconto para associados de sindicatos e para detentores de planos de saúde.

Sabemos que qualquer mudança no valor de bens e serviços gera um impacto muito grande no orçamento da população brasileira. O reajuste no preço dos medicamentos impacta principalmente na renda dos idosos, que segundo dados do IBGE representam atualmente aproximadamente 16,2% da população brasileira. Isto porque, entre os principais gastos dessa parcela da população estão os remédios. 

Como os medicamentos são uma necessidade básica e não uma escolha, para evitar comprometer grande parte do orçamento com os remédios vale a pena seguir as valiosas dicas da Proteste e do Sindusfarma.